Mobilização de servidores do INEP pode impactar provas do CNU

Faltando alguns dias para a aplicação das provas do CNU (Concurso Público Nacional Unificado), o certame pode mais uma vez ter sua data de aplicação de provas adiada.

Isso porque alguns servidores envolvidos diretamente na aplicação das provas são do quadro do INEP e do FNDE e devido aos baixos avanços na negociação salarial entre o governo Lula e os servidores há fortes indícios de que estes entrarão em greve na próxima semana, com entrega de cargos em posição estratégica na fiscalização do CNU. Cerca de 30 servidores envolvidos já confirmaram que, se a greve for deflagrada, não irão comparecer para a fiscalização da aplicação das provas.

Segundo o sindicato que representa o FNDE, as chances de que uma greve seja decretada são altas, o que pode impactar diretamente em ações essenciais da educação brasileira, como um todo e não apenas o CNU.

A mobilização é feita conjuntamente pelos servidores do Inep e do FNDE, órgãos ligados ao Ministério da Educação e cujas carreiras foram criadas pela mesma lei.

O grupo terá uma reunião no Ministério da Gestão na próxima terça-feira (13/8). O resultado da assembleia dessa sexta-feira deve aumentar a pressão da mesa de negociação, visto a primeira negativa já ter se operado em julho, quando foram rejeitadas as propostas de reajustes de 9% em 2025 e de 3,5% em 2026.

A paralisação da categoria segue a mesma linha de outras categorias, em que há nítida preterição por parte do governo com determinadas carreiras em detrimento de outras. As reivindicações não são apenas de natureza salarial mas também devido a alta carga de trabalho para um número reduzido de servidores ativos.

As provas do CNU estão previstas para dia 18 de agosto e cerca de 2,1 milhões de candidatos farão as provas em 228 cidades. Serão disputadas 6,6 mil vagas em 21 órgãos públicos.